18 de abr. de 2003

PÉROLA DA SEMANA

Na capa da Gazeta Mercantil do dia 14/04 está a seguinte matéria:

Indústria de tratores prevê expansão no pós-guerra

Rondonópolis (MT), 14 de Abril de 2003 - As vendas de tratores e colheitadeiras vão crescer nos mercados interno e externo com o fim da guerra no Iraque, segundo previsões dos fabricantes de máquinas e implementos agrícolas presentes na Agrishow Cerrado, exposição realizada em Rondonópolis (MT).

"A história mostra que após a guerra cresce a demanda por alimentos e máquinas agrícolas", diz Martin Mundstock, diretor comercial da John Deere para a América do Sul. "O mundo não vai deixar de comer por causa da guerra", afirma Carlito Eckert, diretor nacional de vendas da Agco


- Esse Sr. Martin Mundstock, diretor da John Deere, perdeu totalmente o senso das proporções e falou uma baita bobagem e pior, o maior e melhor jornal de Economia desde país reproduz a asneira em sua capa. Ora, nem se compara os reflexos de uma guerra extremamente regionalizada que assola o oriente médio com os efeitos de uma guerra mundial como aquela que o mundo passou na década de 40.
E ademais, depois da grande guerra o mundo passou pelo que conhecemos "baby boom", isto é, o elevado crescimento demográfico em escala planetária e a reconstrução da economia européia e japonesa juntamente com o crescimento das economias em desenvolvimento (Brasil, Argentina, México, Chile etc) o que resultou, obviamente, no grande aumento do consumo de alimentos.

O que é incrível frente a esse fato histórico é denotar que o Sr. Mundstock conclua (em vista da experiência histórica com o fim da 2ª guerra mundial) que o fim do conflito no Iraque vai alavancar o consumo de alimentos e de máquinas agrícolas no mundo todo. É patético.


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