16 de fev. de 2003

O Professor Olavo em sua monumental palestra sobre a Educação Liberal nos fala que Sócrates a ser condenado a morte se postava indiferente como um homem morto frente a tal condenação, pois não temia a morte. Pensava o sábio: ora, se não soubemos o que vem após a morte por que devemos temê-la? Não sei - dizia ele. Será que ela me prejudicará ou me beneficiará?

Não temer a morte não significa em absoluto que o indivíduo tenha tendência ou idéias suicídas. Apenas representa a virtude do "homem maduro" que antes de deixar se levar por motivos mundanos, terrestres e materialistas aufere o uso da razão quando pensa a respeito da morte. Sócrates tem toda a razão! Se não sabemos o que ela significa, por que devemos temê-la?

Ainda mais, qual seria a razão pela qual os eminentes jurístas acreditam que a pena de morte é uma condenação justa e sensata? Sabem eles o que significa a morte? Sendo assim, sou levado a pensar que os iluminados jurístas só podem ter provas de que a morte é um estado de constante penitência e sofrimento. Eis o único - e imbecil - motivo para crer em tal arrogância e estupidez.

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