7 de jan. de 2003

Não poderia deixar de publicar aqui a coluna de hoje do jornalista Gilberto Simões Pires, cujo jornal virtual distribuido na internet sob sua responsabilidade é o que de melhor se escreve sobre Economia e Política nesta parte do mundo. Eis um trecho:

GOVERNO ZERO - Nunca vi tanto constrangimento. Quem critica ou não aprova o programa Fome Zero parece que é excomungado. Deixa de ser gente e passa a ser diabo. Lamentável, pois vai custar caro e não vai resolver. É passivo puro. É preciso ter alguma coragem para criticar e explicar que o alimento precisa ser conquistado. Até os nômades já sabiam disto. Com um pouco de compreensão já se identifica que diminuindo o valor dos impostos na mesma quantidade dos gastos que se propõe para tentar acabar com a fome, as coisas já melhoram numa proporção bem maior. A fome, só para lembrar, se repete a cada seis horas. E o trabalho remunerado é que permite a compra de alimentos para que ela seja satisfeita a cada período. Portanto, o que falta é trabalho. Trabalho, não necessariamente emprego. A compra do alimento estimula a auto-estima, é justo, honesto e soberano. Ganhar comida, ao contrário, desestimula, constrói desconfiança e torna fraco o indivíduo.

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